A Igreja Matriz de Talhadas, cujas obras terão sido iniciadas cerca de 1700, apresenta quatro magníficos retábulos colaterais e um pujante altar-mor em talha dourada de formas estilisticamente barrocas.
Sendo a arte da talha uma das expressões mais relevantes do espírito barroco e uma das expressões artísticas mais significativas do sentir português, compreende-se que esteja presente em todo o território nacional, dispersa por conventos, mosteiros, igrejas, capelas, palácios, e até nos locais mais recondidos de algumas habitações.
A majestosa composição barroca que Talhadas tem o privilégio de possuir é um excelente exemplar dessa forma artística, cuja linguagem foi colocada ao serviço da fé católica por força das suas potencialidades propagandísticas. O brilho resplandecente do ouro que emana dos retábulos, púlpitos, molduras e portas, suscita admiração e resplendor aos olhos de crentes e não só.
De todos os retábulos que compõem a Igreja, destaca-se o seu retábulo-mor, pela excelente concepção e feitura. Este é composto por colunas pseudo-salomónicas de fuste espiralado, onde se encontram conjugados o carácter funcional e simbólico ascensional e de aspiração mística: a coluna, como eixo por excelência do sagrado, assinala a presença de Deus, e a sua forma espiralóide ou salomónica simboliza a ascensão das almas nos caminhos da perfeição e do bem. Estas colunas são rematadas na parte superior por arcos concêntricos.
A Necrópole Megalítica do Chão Redondo (freguesia de Talhadas) constituída pelo Dólmen 1 e Dólmen 2, assim como a Anta da Capela dos Mouros (Arcas- Talhadas) estão, presentemente a ser objecto de escavação, restauro e promoção turística e cultural, no contexto do projecto "Ecomusealização da Paisagem- Escavação, Valorização e Dinamização - Animação Cultural e Turística.
Este monumentos megalíticos são consideradas pelos estudiosos como imponentes sepulturas pré- históricas com cerca de 5000 anos. O Dólmen 2 do Chão Redondo prima pela sua dimensão, estado de conservação e valor patrimonial.